Em terra de Canários está a nascer uma lenda vinda do frio do Norte: Teemu Pukki, o avançado finlandês que com um hattrick frente ao Newcastle ajudou o campeão do Championship a alcançar os seus primeiros 3 pontos na temporada de 2019/2020.
A procura por um sucessor ao histórico Grant Holt (68 golos em 159 jogos) que capitaneou o clube durante a última época de sucesso para o Norwich na Premier League, na distante época de 2012/2013 tem desesperado os adeptos.
Desde Ricky van Wolfswinkel, transferência mais cara para o clube até então, Johan Elmander, Gary Hooper, Lewis Grabban, Cameron Jerome, Dieumerci Mbokani, até ao nosso português Nélson Oliveira, muitos foram os avançados que chegaram e partiram sem impressionar, ficando muito longe dos números alcançados por Grant Holt.
Na última época, chegado do campeonato dinamarquês, com quatro épocas prolíficas ao serviço do Brondby, o Norwich anuncia a contratação, a custo zero, de Teemu Pukki; um avançado relativamente desconhecido, já com 28 anos e uma longa história na Europa.
A viagem de Pukki começou quando tinha apenas 18 anos e jogava pelo KTP, da Finlândia. Despertou o interesse do Sevilha, então treinado por Juande Ramos, mas em duas temporadas no clube espanhol jogou apenas uma vez pela equipa principal. Reflectindo sobre esta sua passagem por Espanha, Pukki reconhece “que era demasiado jovem e muito tímido, o que dificultou a sua adaptação”1. Regressou então à Finlândia em Agosto de 2010, para jogar pelo HJK, de Helsínquia, com a época já a decorrer e voltou aos golos. Participou em 34 jogos e marcou 18 golos, contribuindo para a conquista de dois campeonatos e uma Taça da Finlândia.
Na temporada de 2011/2012, o HJK encontra o Schalke 04 no play off de qualificação para a Liga Europa. Teemu Pukki marca três golos no total das duas mãos (incluindo um golo em Gelsenkirchen), insuficientes para garantir o apuramento, mas que lhe valeram a transferência para o clube alemão.
Estreou-se a titular pelo Schalke com dois tentos frente ao Hannover, mas em duas épocas na Bundesliga, não ultrapassou a dezena de golos e no último dia do mercado de transferências de 2013, Pukki assinava pelo Celtic.
Curiosamente, chega ao clube escocês para preencher a vaga deixada por Gary Hooper, contratado dias antes pelo Norwich City.
Apesar de um bom começo na liga escocesa, Pukki terminaria a época com 7 golos apenas em 32 jogos. Na entrevista concedida ao jornal Telegraph admite que a experiência “não correu como esperava, e deveria ter marcado muitos mais golos; mas contribuiu para aprender e chegar onde estou hoje”1.
No início da época seguinte, é transferido por empréstimo para o Bondby com opção de compra para o clube dinamarquês. Terminou a temporada como o melhor marcador do clube, com 9 golos o que lhe vale um contrato de três épocas.
Nos três anos ao serviço do Brondby participou em 161 jogos, marcou 69 golos contribuindo para a conquista de uma Taça da Dinamarca, e dois vice-campeonatos numa liga dominada pelo clube da capital, o FC Copenhaga.
No final da temporada 2017/2018, chega ao final do seu contrato e sem acordo para renovar, fica livre para assinar pelo Norwich City. Na sua primeira época ao serviço dos Canaries, no Championship, marcou 26 golos, tornando-se o melhor marcador da liga e contribuindo de forma decisiva para a conquista do Campeonato que valeu a promoção direta para a Premier League.
O resto já sabemos… Estreia a marcar na deslocação ao terreno do Campeão Europeu e um hattrick frente ao Newcastle que o colocam na liderança dos melhores marcadores.
Os adeptos adoram-no (No Pukki, no Party!) e a expectativa é grande para esta época na Premier League. O clube, tradicionalmente muito poupado em transferências milionárias, aposta forte no talento dos jovens da sua Academia, na frieza e experiência de jogadores provenientes da liga alemã e na veia goleadora de Teemu Pukki para garantir a manutenção na liga mais espetacular do futebol mundial.
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