O autor do golo, Dennis Bergkamp, merece, por si só, um Throwback Thursday; mas hoje recordamos um dos golos mais belos da moderna Premier League.
Decorria a segunda metade da época de 2001/02, Arsenal e Newcastle eram dois dos candidatos ao título e os Gunners deslocavam-se ao St. James Park com menos um ponto.
Mas, logo aos 11 minutos de jogo, Bergkamp abre o marcador com um golo descrito então pelo repórter da BBC como uma "pirueta executada com a graça de um dançarino de ballet."
A obra prima do internacional holandês é explicada pelo próprio, na entrevista que se segue ao The Guardian, com uma enorme dose de humildade. Reconhece Bergkamp que a bola quando lhe é passada por Robert Pires vem ligeiramente atrasada em relação à sua posição e que para se enquadrar com a baliza tem de rodar. Com o defesa nas suas costas, aquela forma distinta de rotação é a que lhe permite chegar mais depressa à bola para fazer golo. Admite que possa parecer estranha, impressionante, bonita, mas para ele foi mesmo a única opção e a maneira mais rápida de chegar ao golo.
O defesa batido nesta jogada foi o grego Nikos Dabizas que ainda hoje não acredita que o lance protagonizado por Dennis Bergkamp foi intencional. O holandês respondeu que foi sempre sua intenção contornar o defesa e fazer golo; "se previ com antecedência tudo o que iria fazer? Claro que não. Mas sabia como a bola ia bater no solo e como o defesa se haveria de virar. Sabia para onde ia a bola quando lhe toquei e onde estava o guarda-redes."
Em Agosto de 2017, por altura do 25º aniversário da moderna Premier League, numa votação organizada pela BBC, mais de 500 mil adeptos elegeram este como o mais belo golo nos 25 anos da competição.
Se se trata do melhor golo ou não, será sempre uma discussão subjectiva, mas que se trata de um golo único que marcará para sempre a carreira do jogador e a história da Premier League, isso é indiscutível.
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